Aplicar cloreto de potássio em pré ou pós semeadura?
- Giovani Canedo
- 6 de abr. de 2022
- 3 min de leitura
Atualizado: 4 de jun. de 2022
A princípio, ao falar de adubação, precisamos pontuar e conhecer: o que a planta precisa, menos o que já tem neste solo e multiplicar por um valor de eficiência para esse nutriente em questão.
Um exemplo prático, seria: tendo uma soja de 6 toneladas, precisamos de 133 kg de K2O - assegurando aqui a importância de fazer uma análise de solo para verificar esses dados na sua realidade. Além disso, consideramos uma eficiência do cloreto de potássio em torno de 80% para fechar esse cálculo.
A escolha será, pensando em dois diferentes manejos, entre fazer ou não adubação na base de potássio. Ou seja, a recomendação de adubação deve se fundamentar na disponibilidade do nutriente no solo, na necessidade da cultura e na eficiência econômica da adubação.
Em relação a forma de adubação, normalmente é aplicada parte do fertilizante no sulco de plantio e parte em cobertura. No entanto, não deve ser aplicado doses maiores que 50 kg/ha de K2O no sulco de semeadura, visando reduzir os riscos dos efeitos salinos sobre a germinação das sementes. De acordo com Otto (2010), deve-se tomar cuidado em aplicações elevadas de potássio (K) em uma única vez para não salinizar a região que recebe o fertilizante, podendo causar toxidez às raízes das plantas.
Nessa linha de raciocínio, é sabendo da adubação de base que teremos a garantia que essa lavoura vai ter o suficiente, exigido para a cultura da soja, até o estádio de V2, V3, ou V4.
De acordo com o professor Malavolta (2006), sabendo do dano quando há contato direto do potássio com a semente, recomenda-se que o adubo deve ser colocado uma ou duas faixas ao lado e abaixo da linha da semente de 5-10 cm. Cita, ainda: devido ao plantio direto existem outras opções para distribuição de K2O, sendo parte no pré-plantio, parte na semeadura e parte na cobertura.
Em um trabalho desenvolvido por João W. Bossolani e at (2018), publicado na Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, podemos encontrar manejos diferentes daqueles do cotidiano: os pesquisadores encontraram que a antecipação da adubação potássica na cultura antecessora pode ser benéfica para a cultura em sucessão. Entretanto, lembre-se: é importante que a cultura escolhida para fornecimento de nutrientes em safra anterior seja criteriosamente escolhida, e que a a adubação respeite as necessidades da analise de solo.
Por essas e por outras, independe fazer a aplicação em pré ou pós semeadura - fica à escolha do produtor rural. Além disso, vale ressaltar, novamente, a importância da análise solo para verificar caso sua área possua solos com mais de 10 cmol de carga de cálcio na CTC, tendo preferencialmente um pH próximo a 7, para que possamos ter uma tranquilidade na hora de fazer essa aplicação uma vez por ano.
Ou seja, acima de 3% do potássio na CTC ou acima de 120 ppm de potássio na camada de 0 a 20.
Portanto, essas adubações na base devem apresentar números em torno de 30 até 45 kg de K2O por hectare, que é suficiente para ter uma adubação inicial de arranque, e o resto complementar tanto em pré como em pós semeadura dependendo dos níveis que tem no solo. Lembrando que fazer adubação em pós semeadura é preciso ter níveis altos de potássio no solo e também fazer uma adubação de, pelo menos, 30% da necessidade da cultura na base.
Leia nossa próxima publicação: Dicas de coleta para uma boa análise de solo na sua propriedade rural
legal dmz
parabens pessoal
👏👏
show de conteúdo
estão de parabens