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Entenda como manejar áreas com infestação de Digitaria insularis (capim-amargoso)

Atualizado: 4 de jun. de 2022

O capim-amargoso é uma planta nativa das regiões tropicais e subtropicais da América. No Brasil, por outro lado, ocorre com grande intensidade nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.


Acredito que todos já compreendem a ideia das plantas daninhas competirem com plantas cultivas, de nosso interesse, por água, nutrientes e radiação solar, podendo prejudicar o crescimento e desenvolvimento da cultura principal - o famoso amargoso compra briga mesmo!


É uma espécie com grande agressividade e rusticidade, que ocupa os mais diversos sistemas produtivos das culturas do nosso dia a dia. Tratamos aqui de uma gramínea perene, entouceirada, rizomatosa e que se desenvolve em áreas cultivadas (culturas anuais ou perenes), de pastagens ou, até mesmo, terras abandonadas - sendo aqui um indicador de baixa fertilidade daquele solo. Assim sendo, perceba: é uma daninha que possui alta dispersão, podendo produzir mais de 50 mil sementes durante o ano, com grande dispersão pelo vento.


O que limita a grande maioria dos produtores, senão todos, é no aspecto das sementes desse capim apresentarem pilosidades, além de possuírem alta capacidade germinativa - por isso aquela indicação de pouca fertilidade do solo não interfere tanto na sua germinação. Sabendo disso, vários fatores dificultam o seu manejo nas lavouras comerciais, entre eles, destaca-se: após a decorrente perenização, temos um exponencial salto da rusticidade, posterior a formação de numerosos rizomas. Aplicações depois desse estádio, deverão ser mais cautelosas, com boas misturas de produtos registados a essa planta daninha e alta dose de ingrediente ativo por hectare - a aplicação em horários favoráveis é pré-requisito básico.


No entanto, quando tivemos a inserção do sistema de plantio direto, a espécie tornou-se importante em consequência das suas características agressivas não só pela formação de touceiras, mas também pela disseminação de propágulos, dificultando ainda mais o seu controle.


Como se não bastasse, essa espécie apresenta, ainda, diversos mecanismos de resistência ao glifosato, como: absorção, translocação, metabolização e mutação genética.


Por essas e por outras, como já sabemos em apoio há vários trabalhos, a convivência de 8 plantas por m² com a cultura da soja já é suficiente para reduzir a produtividade em até 80%.


Portanto, o controle do capim-amargoso pode ser realizado em pós-emergência na linha de plantio com herbicidas inibidores da ACCase e, em menor extensão, misturas em tanque com glifosato, sendo influenciado pelo seu estádio fenológico mais precoce. Os principais graminicidas utilizados, são: cletodim, haloxifope-p-metílico, quizalope-p-etílico e fluazifope-p-butílico.


36 comentarios


Sergio Silva
Sergio Silva
18 jun 2022

parabens a todos voces

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Sergio Silva
Sergio Silva
18 jun 2022

legal demais

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podem continuar

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muito legal! 👏

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👏

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